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Arquitetura: A Importância de um Bom Projeto e Seus Caminhos

Arquitetura

Arquitetura: A Importância de um Bom Projeto e Seus Caminhos

16/12/2020

Soluções criativas podem se traduzir em resultados finais belos e econômicos. Todo tipo de projeto requer soluções criativas, seja ele residencial, comercial, institucional ou industrial.

No projeto de uma residência, o desafio é conjugar a criatividade com as necessidades dos futuros moradores e o orçamento quase sempre limitado. Criatividade aliada a soluções construtivas simples de engenharia geralmente representam mais metros quadrados com menor investimento; por isso, é imprescindível ao arquiteto conhecer os métodos construtivos para empregá-los nos projetos e, assim, conseguir fazer mais por menos durante a obra. Um projeto bem feito e bem executado resultará em um futuro imóvel mais valorizado e com maior liquidez. Um projeto com sentido de permanência, atemporal, que não envelhece, deve representar seu tempo e ao mesmo tempo não se render aos modismos passageiros que o envelhecerão prematuramente. Em todo tipo de projeto “menos é sempre mais”, sendo o edifício pronto um produto da relação harmoniosa entre o projeto e os materiais utilizados com inteligência e bom gosto. Vale ressaltar que, na maioria das vezes, a valorização e destaque de um material não está na quantidade empregada e sim na sua posição e aplicação: em grande quantidade o material pode acabar banalizado, parecendo até que foi comprado em ponta de estoque; ao contrário, quando utilizado de maneira inteligente e racional, ele pode se transformar na “cereja do bolo”.

Cada tipo de projeto requer soluções e preocupações diversas. O pai da arquitetura moderna, Le Corbusier, uma vez disse: “Uma casa é uma máquina de morar”. Desenvolvendo esta linha simples e brilhante de pensamento, podemos dizer que todo projeto arquitetônico se torna uma “máquina” dedicada ao seu uso projetado e final. Em princípio, o objetivo da “máquina casa” é servir de abrigo e proteção das intempéries. Trata-se de uma máquina estática que, quando a ocupamos, transforma-se em um ser vivo, com quem mantemos uma forte relação emocional, pois é nela que nos sentimos seguros, criamos nossos filhos e os vemos crescer, dando forma a uma trama de memórias e lembranças que carregamos por toda a vida. Um projeto mal feito resulta em uma máquina que não funcionará direito, podendo sofrer mais rapidamente com as intempéries e envelhecer mais cedo. A “máquina” mal pensada também não funcionará plenamente se não levar em conta os hábitos e costumes dos futuros moradores: poderá ser uma “máquina” que esquenta no verão e esfria muito no inverno, causando desconforto aos seus moradores, ou mesmo que é escura de dia, resultando em gastos desnecessários com energia elétrica. Uma “máquina eficiente” possui diversos elementos dinâmicos e estáticos, que se relacionam harmoniosamente entre si, e trabalha com eficiência; por isso, Le Corbusier estava realmente certo em dizer que uma casa é uma “máquina de morar”.

Ainda citando o pai da arquitetura moderna, Le Corbusier sabiamente traduziu o que é a arquitetura: “A arquitetura é o jogo sábio, correto e magnífico dos volumes dispostos sob a luz”. Todo tipo de projeto contempla essa definição de arquitetura com o jogo de volumes e alturas, seus diversos materiais, cores e texturas, e sua relação com a luz, responsáveis pela felicidade ou não da estética do edifício. Um projeto de uma indústria não precisa ser feio e cinza e considerar apenas a parte funcional. A busca da funcionalidade e da eficiência são com certeza as engrenagens mestras que conduzem a concepção deste tipo de projeto; somando-se a isso, no entanto, a beleza arquitetônica e a busca de conforto aos usuários no seu dia-a-dia, o resultado pode consistir em pessoas mais felizes e eficientes em suas funções. Uma bela arquitetura, com soluções de sustentabilidade e bem-estar dos usuários, colaborará com a imagem da empresa, transparecendo modernidade, confiança e longevidade. No projeto de uma igreja, por exemplo, o desafio é criar um ambiente que favoreça a percepção da presença de Deus e do encontro com Ele. O jogo de volumes e a incidência da luz sobre as formas podem proporcionar um ambiente acolhedor próprio para a meditação. Outra exigência de extrema importância é conhecer as diferentes liturgias dos cultos das igrejas e aplicá-las no desenvolvimento do projeto. O ingrediente comum neste caso, independentemente da religião, é a busca da proximidade com Deus, dedicando o espaço à espiritualidade e à acolhida.

Finalizando, projetar é isso: projetar um edifício que seja sinal de sua época, funcional e de bela estética, que contribua também para a paisagem da cidade.

 

O Arquiteto Sandro PieReti Rodrigues é sócio-proprietário da PieReti Rodrigues Arquitetura Ltda., é formado em Técnico em Edificações pela E.T.E. Presidente Vargas e Arquitetura e Urbanismo pela F.A.U. Braz Cubas. Seu escritório atua no desenvolvimento de projetos residenciais, comerciais, institucionais e industriais, além de administração de obras.

Photo by Denis Kovalev on Unsplash